
“Se pudéssemos nos render à inteligência da Terra, nos ergueríamos enraizados, como as árvores”
Rainer Maria Rilke
O que é o Trabalho Que Reconecta (TQR)?
Enquanto estamos na iminência de destruir nosso planeta como lar para a vida consciente, a ciência contemporânea e as antigas tradições espirituais nos oferecem insights sobre os milagres básicos de nossa existência. Esses entendimentos são poderosos o suficiente para nos libertar do complexo industrial corporativo e criar juntos uma sociedade que sustenta a vida; se é que os deixamos fazer parte de nossas vidas.
Esse é um grande “se”. Pois, enquanto o novo paradigma é material de inúmeros discursos e livros, ele se expressa principalmente no nível intelectual. Como um jogo mental, é fascinante, até esperançoso, mas precisamos urgentemente de maneiras para esse conhecimento transforme nossas vidas. Como o poeta Rilke nos lembra, isso ocorre porque:

“Somente em nosso fazer podemos agarrá-la.
Rainer Maria Rilke
Somente com nossas mãos podemos iluminá-la.
A mente é apenas uma visitante:
Pensa a nós fora do nosso mundo.”
Conheça
História do Trabalho
A partir do final dos anos 70, uma forma de trabalho pessoal e em grupo foi desenvolvida para ajudar a moldar nossas vidas pelo que nossas mentes aprenderam. Aparecendo pela primeira vez na América do Norte, se espalhou para a Europa Oriental e Ocidental, Austrália e Japão através de artigos que circulavam de mão em mão antes do tempo da Internet e através de workshops que tocaram centenas de milhares de pessoas dentro e fora dos movimentos de paz, justiça e ecologia.
Objetivos do Trabalho
O propósito central do Trabalho Que Reconecta é levar as pessoas a uma nova relação com seu mundo, motivando-as e empoderando-as a fazer parte da Grande Virada, reivindicando nossas vidas e nosso planeta de controle corporativo.
Pressupostos Básicos do Trabalho
A teoria subjacente ao Trabalho Que Reconecta deriva do desafio atual de escolher a vida, de reconhecer o que nos detém e de entender os poderes auto-organizadores do universo.
A Espiral
Ao longo dos anos, vimos que o Trabalho Que Reconecta ocorrer de forma espiral, fazendo uma viagem por quatro estágios sucessivos: procedendo desde a gratidão, honrando nossa dor pelo mundo, vendo com novos olhos e seguir andando. Esses quatro estágios dão suporte uns aos outros e funcionam melhor em sequência.
A Profecia de Shambhala
Desde o Tibete antigo, há mais de doze séculos, existe uma profecia relevante para o nosso tempo que evoca os desafios que enfrentamos na Grande Virada e as forças que podemos colocar a seu serviço. Joanna recebeu esse ensinamento em janeiro de 1980 de seu amigo e professor Dugu Choegyal Rinpoche, em Tashi Jong, uma comunidade tibetana exilada no noroeste da Índia.
O Trabalho Que Reconecta em Ambientes Corporativos
As pessoas que trabalham em um contexto corporativo têm um papel a desempenhar na Grande Virada. Precisamos do seu acesso, conhecimento, compreensão, experiência, habilidades técnicas e força da alma, se quisermos desmontar as estruturas da Sociedade de Crescimento Industrial.
Além disso, precisaremos das capacidades de comunicação e transporte agora possuídas pelas empresas transnacionais quando pudermos reivindicá-las e adaptá-las para o bem comum.
Joanna Macy
Joanna Macy, PhD, é ativista ambiental, escritora, estudiosa do budismo, da Teoria Geral de Sistemas e uma das principais disseminadoras da Ecologia Profunda na atualidade.
Uma voz respeitada nos movimentos pela paz, justiça e ecologia, ela entrelaça sua formação acadêmica com cinco décadas de ativismo.
O texto acima faz parte do livro “Coming Back to Life” (Capítulo 4), de Joanna Macy e Molly Young Brown. A tradução para português foi feita por Polliana Zocche, baseada no original em inglês e na tradução para o espanhol de “Nuestra Vida Como Gaia“.
Poemas de Rilke copiados de: Rainer Maria Rilke, trad. Joanna Macy e Anita Barrows. Rilke’s Book of Hours: Love Poems to God. Riverhead, 1996.
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